Harari e suas 21 lições para o século 21 – Parte II. 5 – Comunidade

Prosseguindo num novo itinerário de exploração dos Novos Pensadores em 2019 vamos continuar a ler e comentar o último livro de Yuval Harari (2018):

HARARI, Yuval (2018). 21 lessons for the 21st century. New York: Spiegel & Grau, 2018.

Vamos usar a tradução brasileira de Paulo Geiger. 21 lições para o século 21. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Para baixar o PDF com o texto integral clique aqui: 21-licoes-para-o-seculo-21-Yuval-Noah-Harari

Já foi publicada a Introdução

Também já foi publicada a Parte I. 1. – Desilusão

E ainda:

Parte I. 2. – Trabalho

Parte I. 3. – Liberdade

A Parte I. 4. – Igualdade

As notas em azul servem apenas como provocações para a conversação.

Vamos agora começar a Parte II.

PARTE II

O desafio político

A fusão da tecnologia da informação com a biotecnologia ameaça os valores modernos
centrais de liberdade e igualdade. Toda solução para o desafio tecnológico deve envolver cooperação global.

Porém o nacionalismo, a religião e a cultura dividem o gênero humano em campos hostis e fazem com que seja muito difícil cooperar no nível global.

5. Comunidade

Os humanos têm corpos

A Califórnia está acostumada com terremotos, mas assim mesmo o tremor político das eleições americanas de 2016 chegou como um choque violento ao Vale do Silício. Ao constatar que eles poderiam ser parte do problema, os magos da computação reagiram fazendo o que os engenheiros fazem melhor: buscaram uma solução técnica. Em nenhum outro lugar a reação foi mais contundente do que na sede do Facebook, em Menlo Park. Isso é compreensível. Como o negócio do Facebook é a rede social, é ele que está mais sintonizado com perturbações sociais.

Na tradução há aqui uma confusão entre rede social (social network) e mídia social (social midia).

Após três meses de exame de consciência, em 16 de fevereiro de 2017 Mark Zuckerberg publicou um audacioso manifesto sobre a necessidade de construir uma comunidade global, e sobre o papel do Facebook nesse projeto (1). Num discurso que pronunciou em seguida, na inauguração da Cúpula de Comunidades, em 2 de junho de 2017, Zuckerberg explicou que as convulsões políticas de nossa época — do desenfreado crescimento do vício em drogas a regimes totalitários sangrentos — resultam em grande medida da desintegração das comunidades humanas. Lamentou o fato de que “durante décadas a participação em todo tipo de grupos tinha diminuído em uma quarta parte. Há muitas pessoas que agora precisam encontrar propósito e apoio em outro lugar” (2). Prometeu que o Facebook iria assumir a liderança na reconstrução dessas comunidades e que seus engenheiros assumiriam o fardo que fora descartado por líderes locais. “Vamos começar a lançar algumas ferramentas”, ele disse, “para facilitar a construção de comunidades.”

Explicou também que “Demos início a um projeto para ver se melhoramos nossa capacidade de sugerir grupos que serão significativos para vocês. Para isso, começamos a construir inteligência artificial. E funciona. Nos primeiros seis meses, ajudamos um número 50% maior de pessoas a se juntarem a comunidades significativas… Se conseguirmos, isso vai não só reverter todo o declínio na participação em comunidades que estamos vendo há décadas como começar a fortalecer nosso tecido social e fazer o mundo ficar unido”. Esse é um objetivo tão importante que Zuckerberg jurou “mudar toda a missão do Facebook para poder assumir esta” (3). Zuckerberg tem razão ao lamentar a desagregação de comunidades humanas. Porém vários meses após ter feito essa promessa, e exatamente quando este livro estava no prelo, o escândalo da Cambridge Analytica revelou que dados que foram confiados ao Facebook tinham sido colhidos por terceiros e usados para manipular eleições em todo o mundo. Isso pôs no ridículo as sublimes promessas de Zuckerberg, e destruiu a confiança do público no Facebook. Só se pode esperar que, antes de empreender a construção de novas comunidades humanas, o Facebook comprometa-se primeiro a proteger a privacidade e a segurança das comunidades existentes.

Na verdade, o Facebook não foi responsável por isso, mas apenas vulnerável. O objetivo de ajudar a construir comunidades não fica desmoralizado pela ação invasiva do sharp power de grandes potências malignas (como a Rússia de Putin).

Entretanto, vale a pena considerar em profundidade a visão comunitária do Facebook, e examinar se, uma vez reforçada a segurança, as redes sociais on-line serão capazes de construir uma comunidade humana global. Mesmo que no século XXI os humanos possam ser elevados à categoria de deuses, em 2018 ainda somos animais da Idade da Pedra. Para podermos florescer precisamos nos basear em comunidades íntimas. Durante milhões de anos, os humanos adaptaram-se a viver em pequenos bandos de não mais de algumas dezenas de pessoas. Mesmo hoje em dia, para a maioria de nós é impossível conhecer de fato mais de 150 indivíduos, não importa quantos amigos no Facebook alardeamos ter (4). Sem esses grupos, os humanos sentem-se solitários e alienados.

Infelizmente, nos dois séculos passados as comunidades íntimas se desintegraram. A tentativa de substituir grupos pequenos de pessoas que efetivamente se conhecem pelas comunidades imaginárias das nações e dos partidos políticos nunca poderia ter sucesso total. Seus milhões de irmãos na família nacional e seus milhões de camaradas no Partido Comunista não são capazes de lhe dar a cálida intimidade que lhe dão um único irmão de verdade ou um amigo. Consequentemente, as pessoas vivem vidas cada vez mais solitárias num planeta cada vez mais conectado. Muitas das rupturas sociais e políticas de nossa época podem ser atribuídas a esse mal-estar (5).

A visão de Zuckerberg de reconectar humanos uns com outros é portanto oportuna. Mas palavras custam menos que ações, e para poder implementar essa visão o Facebook pode ter de mudar todo o seu modelo de negócios. É difícil construir uma comunidade global quando você ganha seu dinheiro capturando a atenção das pessoas e a vendendo a anunciantes. Apesar disso, só a disposição de Zuckerberg para formular essa visão já merece elogios. A maior parte das corporações acredita que devia focar-se em ganhar dinheiro, que o governo devia fazer o menos possível, e o gênero humano devia deixar as forças do mercado tomarem por nós as decisões realmente importantes (6). Daí que, se o Facebook tenciona ter um real compromisso ideológico de construir comunidades humanas, os que temem seu poder não deveriam empurrá-lo de volta para seu casulo corporativo sob gritos de “Grande Irmão!”. Em vez disso, deveríamos instar outras corporações, instituições e governos a competir com o Facebook assumindo seus próprios compromissos ideológicos.

Talvez a palavra aqui não seja ‘ideológicos’.

É claro que não faltam organizações que lamentam a desagregação das comunidades humanas e esforçam-se por recompô-las. Todo mundo, desde ativistas feministas até fundamentalistas islâmicos, está no negócio da construção de comunidades, e examinaremos alguns desses esforços em capítulos posteriores. O que faz da iniciativa do Facebook única é seu escopo global, seu respaldo corporativo e sua profunda fé na tecnologia. Zuckerberg parece estar convencido de que a nova IA do Facebook é capaz não só de identificar “comunidades significativas” como também de “fortalecer nosso tecido social e fazer o mundo ficar unido”. Isso é muito mais ambicioso do que usar a IA para dirigir um carro ou diagnosticar o câncer.

Mas por que precisaríamos “fazer o mundo ficar unido”? O que é o mundo (em termos sociais) senão uma configuração fractal de comunidades?

A visão de comunidade do Facebook talvez seja a primeira tentativa explícita de usar IA para engenharia social com planejamento centralizado mas em escala global. Consiste, portanto, num teste importantíssimo. Se tiver sucesso, é provável que vejamos muito mais dessas tentativas, e os algoritmos serão reconhecidos como os novos senhores das redes sociais humanas. Se fracassar, vai revelar as limitações das novas tecnologias — algoritmos podem ser bons para navegação de veículos e para curar doenças, mas, quando se trata de resolver problemas sociais, deveríamos ainda confiar em políticos e sacerdotes.

Não há tal disjunção (algoritmos de IA x políticos e sacerdotes). O problema da visão de comunidade do Facebook é, como ele mesmo diz, “engenharia social com planejamento centralizado em escala global”. Nada de ‘engenharia social’ (a não ser para configuração de ambientes), nada de ‘planejamento’ (muito menos ‘centralizado’ ou descentralizado) e nada de ‘escala global’ (e sim glocal).

ON-LINE VERSUS OFF-LINE

Em anos recentes o Facebook tem tido espantoso sucesso, e hoje tem mais de 2 bilhões de usuários ativos on-line. Para poder implementar essa nova visão, ele terá de cobrir o abismo que existe entre on-line e off-line. Uma comunidade pode começar como um agrupamento on-line, mas para poder realmente florescer terá de deitar raízes no mundo off-line também. Se um dia algum ditador banir o Facebook de seu país, ou desconectar totalmente o plugue da internet, será que as comunidades vão evaporar, ou se reagruparão para reagir? Serão capazes de organizar uma demonstração sem terem uma comunicação on-line?

Zuckerberg explicou em seu manifesto de fevereiro de 2017 que as comunidades on-line ajudam a fomentar comunidades off-line. Isso às vezes é verdade. Mas em muitos casos o on-line acontece às expensas do off-line, e há uma diferença fundamental entre os dois. Comunidades físicas têm uma profundidade que comunidades virtuais não são capazes de atingir, ao menos não no futuro próximo. Se eu estiver doente de cama em casa, em Israel, meus amigos on-line na Califórnia podem falar comigo, mas não poderão trazer-me sopa ou uma xícara de chá.

Humanos têm corpos. Durante o século passado a tecnologia nos distanciou de nossos corpos. Perdemos a capacidade de dar atenção ao que tem cheiro e gosto. Em vez disso, ficamos absorvidos com nossos smartphones e computadores. Estamos mais interessados no que está acontecendo no ciberespaço do que no que está acontecendo lá embaixo na rua. Está mais fácil do que nunca falar com meu primo na Suíça, mas está mais difícil falar com meu marido no café da manhã, porque ele está constantemente olhando para seu smartphone e não para mim (7).

No passado, humanos não podiam se dar ao luxo de tal displicência. Nossos ancestrais coletores estavam sempre alertas e atentos. Percorrendo a floresta em busca de cogumelos, observavam o solo buscando qualquer protuberância reveladora. Prestavam atenção ao movimento no capim para saber se não havia uma cobra de tocaia. Quando encontravam um cogumelo comestível, o provavam com a maior atenção para distingui-lo de seus primos venenosos. Os membros das atuais sociedades afluentes não precisam dessa atenção tão apurada. Podemos caminhar pelos corredores de um supermercado enquanto digitamos mensagens, e podemos comprar qualquer um de mil itens de alimentação, todos supervisionados pelas autoridades sanitárias. Porém, o que quer que escolhamos, acabamos comendo diante de uma tela, verificando e-mails ou vendo TV, mal prestando atenção ao gosto.

Zuckerberg diz que o Facebook está comprometido a “continuar aperfeiçoando nossas ferramentas para dar a você o poder de compartilhar suas experiências com os outros” (8). Mas talvez as pessoas precisem mesmo é de ferramentas para se conectarem com suas próprias experiências. Em nome do “compartilhamento de experiências” as pessoas são incentivadas a entender o que está acontecendo com elas em termos de como os outros as veem. Se acontece algo excitante, o instinto dos usuários do Facebook é pegar seus smartphones, tirar uma foto, postá-la on-line e esperar pelas curtidas. No processo, mal percebem o que eles mesmos estão sentindo. Na verdade, o que sentem é cada vez mais determinado pelas reações on-line.

Pessoas separadas de seus corpos, sentidos e entorno físico sentem-se alienadas e desorientadas. Especialistas costumam pôr a culpa por esse sentimento de alienação no declínio de ligações religiosas e nacionais, mas a perda de contato com seu corpo provavelmente seja mais importante. Humanos viveram milhões de anos sem religiões e sem nações — e são capazes de viver felizes sem elas no século XXI também. Mas não são capazes de viver felizes se estiverem desconectados de seus corpos. Se você não se sente em casa dentro de seu corpo, nunca se sentirá em casa dentro do mundo.

Até agora, o modelo de negócio do Facebook estimulou pessoas a passarem cada vez mais tempo on-line mesmo que isso significasse ter menos tempo e energia para dedicar a atividades off-line. Será que é capaz de adotar um novo modelo que estimule as pessoas a ficar on-line apenas quando for realmente necessário, e a dedicar mais atenção a seu entorno físico, a seus próprios corpos e sentidos? O que os acionistas achariam desse modelo? (Um esquema desse modelo alternativo foi sugerido recentemente por Tristan Harris, ex-executivo do Google e filósofo da tecnologia que apresentou uma nova métrica de “tempo bem utilizado”) (9).

As limitações dos relacionamentos on-line também solapam a solução de Zuckerberg para a polarização social. Ele ressalta, com razão, que só conectar pessoas e expô-las a diferentes opiniões não vai ser uma ponte para unir divisões sociais, porque “mostrar a pessoas um artigo com um ponto de vista contrário na verdade aprofunda a polarização, ao enquadrar outros pontos de vista como estranhos”. Em vez disso, Zuckerberg sugere que “as melhores soluções para melhorar o discurso podem vir de cada um conhecer o outro como uma pessoa inteira e não só como opiniões — algo para o qual o Facebook talvez seja o único [instrumento] adequado. Se nos conectarmos com pessoas com base no que temos em comum — equipes esportivas, programas de televisão, interesses —, será mais fácil dialogar sobre aquilo de que discordamos” (10).

Porém é dificílimo conhecer o outro como uma pessoa “inteira”. Isso leva muito tempo, e exige interação física direta. Como disse antes, o Homo sapiens mediano é incapaz de conhecer intimamente mais de 150 indivíduos. No mundo ideal, a construção de comunidades não deveria ser um jogo de soma zero. Humanos podem ser leais a diferentes grupos ao mesmo tempo. Infelizmente, relações íntimas provavelmente são um jogo de soma zero. Passando de um certo ponto, o tempo e a energia que você despende para travar conhecimento com seus amigos on-line do Irã ou da Nigéria será às expensas de sua disponibilidade para conhecer seus vizinhos de porta.

O teste crucial do Facebook virá quando um engenheiro inventar uma nova ferramenta que fizer as pessoas passarem menos tempo comprando coisas on-line e mais tempo em atividades off-line interessantes com amigos. O Facebook vai adotar ou suprimir uma ferramenta assim? Será que o Facebook vai arriscar mudar sua convicção e privilegiar preocupações sociais em detrimento de interesses financeiros? Se fizer isso — e conseguir evitar a falência — será uma transformação marcante.

Dedicar mais atenção ao mundo off-line do que a seus balanços trimestrais terá consequências também na política do Facebook quanto a impostos. Como Amazon, Google, Apple e vários outros gigantes de tecnologia, o Facebook tem sido acusado de sonegação fiscal (11). As dificuldades inerentes à taxação de atividades on-line fazem com que seja fácil para essas corporações globais praticar todo tipo de contabilidade criativa. Se você achar que as pessoas vivem principalmente on-line, e que você lhes fornece todas a ferramentas necessárias para sua existência on-line, você pode se considerar um serviço social benéfico, mesmo se evitar pagar impostos para governos off-line. Mas, quando lembrar que os humanos têm corpos, e que portanto precisam de estradas, hospitais e sistemas de esgoto, ficará muito mais difícil justificar a sonegação fiscal. Como exaltar as virtudes da comunidade e ao mesmo tempo recusar-se a dar apoio financeiro aos mais importantes serviços da comunidade?

Só podemos esperar que o Facebook seja capaz de mudar seu modelo de negócio, adotar uma política fiscal mais voltada para o off-line, ajudar a unificar o mundo — e ainda continuar lucrativo. Mas não devemos cultivar expectativas irreais quanto à sua capacidade para concretizar essa visão de uma comunidade global.

Não há comunidade global. Toda comunidade global é local, quer dizer,  glocal.

Historicamente, corporações não foram o veículo ideal para liderar revoluções sociais e políticas. Uma verdadeira revolução cedo ou tarde exigirá sacrifícios que corporações, seus empregados e seus acionistas não querem fazer. É por isso que revolucionários estabelecem igrejas, partidos políticos e exércitos. As assim chamadas revoluções do Facebook e do Twitter no mundo árabe começaram em esperançosas comunidades on-line, mas, quando emergiram no confuso mundo off-line, foram sequestradas por fanáticos religiosos e juntas militares. Se o Facebook tem agora como objetivo instigar uma revolução global, terá de fazer um trabalho muito melhor na criação de uma ponte que atravesse a brecha existente entre o on-line e o off-line. Ele e os outros gigantes on-line tendem a ver os humanos como animais audiovisuais — um par de olhos e um par de orelhas conectados a dez dedos, uma tela e um cartão de crédito. Um passo crucial para a unificação do gênero humano é considerar que humanos têm corpos.

É claro que essa consideração tem desvantagens. A constatação das limitações dos algoritmos on-line pode só instigar os gigantes de tecnologia a estender ainda mais seu alcance. Dispositivos como o Google Glass e jogos como Pokemón Go são projetados para eliminar a distinção entre on-line e off-line, fundindo-os numa única realidade aumentada. Num nível ainda mais profundo, sensores biométricos e interfaces cérebro-computador diretas visam a erodir a fronteira entre máquinas eletrônicas e corpos orgânicos e, literalmente, entrar debaixo de nossa pele. Quando os gigantes de tecnologia adquirirem compreensão completa do corpo humano, poderão acabar manipulando todo o nosso corpo da mesma maneira que manipulam nossos olhos, dedos e cartões de crédito. Talvez venhamos a ter saudade dos bons e velhos tempos em que o on-line era separado do off-line.

Notas

1. Mark Zuckerberg, “Building Global Community” (Facebook, 16 fev. 2017). Disponível em:
<https://www.facebook.com/notes/mark-zuckerberg/building-global-community/10154544292806634/>. Acesso em: 20 ago. 2017.

2. John Shinal, “Mark Zuckerberg: Facebook Can Play a Role that Churches and Little League once Filled” (CNBC, 26 jun. 2017). Disponível em: <https://www.cnbc.com/2017/06/26/mark-zuckerberg-compares-facebook-to- church-little-league.html>. Acesso em: 20 ago. 2017.

3. Disponível em: <http://www.cnbc.com/2017/06/26/mark-zuckerberg-compares-facebook-to-church-little- league.html>. Acesso em: 19 jun. 2018. Disponível em: <http://www.cnbc.com/2017/06/22/facebook-has-a-new- mission-following-fake-news-crisis-zuckerberg-says.html>. Acesso em: 19 jun. 2018.

4. Robin Dunbar, Grooming, Gossip, and the Evolution of Language (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1998).

5. Veja, por exemplo, Pankaj Mishra, Age of Anger: A History of the Present (Londres: Penguin, 2017).

6. Para uma visão geral e crítica, veja: Derek Y. Darves e Michael C. Dreiling, Agents of Neoliberal Globalization: Corporate Networks, State Structures and Trade Policy (Cambridge: Cambridge University Press, 2016).

7. Lisa Eadicicco, “Americans Check Their Phones 8 Billion Times a Day” (Time, 15 dez. 2015). Disponível em:
<http://time.com/4147614/smartphone-usage-us-2015/>. Acesso em: 20 ago. 2017. Julie Beck, “Ignoring People for Phones is the New Normal” (Atlantic, 14 jun. 2016). Disponível em:
<https://www.theatlantic.com/technology/archive/2016/06/ignoring-people-for-phones-is-the-new-normal-phubbing- study/486845/>. Acesso em: 20 ago. 2017.

8. Zuckerberg, “Building Global Community”, op. cit.

9. Time Well Spent. Disponível em: <http://www.timewellspent.io/>. Acesso em: 3 set. 2017.

10. Zuckerberg, “Building Global Community”, op. cit.

11. Disponível em: <https://www.theguardian.com/technology/2017/oct/04/facebook-uk-corporation-tax-profit>. Acesso em: 19 jun. 2018. Disponível em: <https://www.theguardian.com/business/2017/sep/21/tech-firms-tax-eu- turnover-google-amazon-apple>. Acesso em: 19 jun. 2018. Disponível em: <http://www.wired.co.uk/article/facebook- apple-tax-loopholes-deals>. Acesso em: 19 jun. 2018.

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